terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Biografia Ecológica.


Meu nome é Michelene Rufino Amalio Araújo de Britto, algumas pessoas me chamam de Michele ou simplesmente Mi. Nasci no dia 19 de Fevereiro no ano de 1979, na cidade de Umuarama, no interior do Paraná, mas vive até os meus 21 anos em uma pequena cidade, cujo nome tem origem indígena, chamada Ivaté, que significa águas cantantes. Tive uma infância muito legal, pude brincar na rua, jogar bola, rolar na terra vermelha, jogar peteca, pé na lata, pular corda, esconde - esconde e muito mais... minha rua era um verdadeiro parque de diversões. A televisão não era importante, o importante era estar correndo pelas ruas com os amigos.
Em minha cidade natal, quase não havia asfalto, as ruas eram de terra mesmo, pra falar a verdade era um tremendo areão. Havia poucos carros, pouco comércio e a economia da cidade era gerada por uma única indústria, uma usina de cana de açúcar. Na cidade o jovem ao se ingressar no mercado de trabalho ou trabalhava na usina ou ia trabalhar no campo, pois a agricultura familiar era muito forte naquela época.
Lembro-me que tínhamos muitas matas na redondeza da cidade, muitos córregos e rios. Algumas vezes saiamos escondido de nossos pais para tomarmos banho no rio e comermos as frutas da época no pé. E quando chegávamos em casa...”a sinta estava esperando”.
Naquela época em nossa cidade havia apenas uma escola, a Escola Estadual Rachel de Queiroz, onde  iniciei e conclui meus estudos de primeiro e segundo grau. Era uma escola grande, com quadra de esporte e um belo laboratório de ciências, no qual minha professora da terceira série (prefiro não citar o nome) nos deixava de castigo quando alguém fazia algo errado, pois lá tinha um grande e assustador esqueleto.
Aos dezessetes anos, entrei para a faculdade, fiz o curso de Ciências Exatas, na cidade vizinha onde nasci, em UMUARAMA, na Universidade Paranaense – Unipar. Com a ajuda de meus pais, meus tios e com um emprego de um salário mínimo, consegui terminar o curso e assim me tornei professora.
Em busca de oportunidades melhores de emprego, deixei a cidade de Ivaté no dia 09 de fevereiro de 2000 e vim a procura de novos horizontes em Lucas do Rio Verde no interior do Mato Grosso. Diante da propaganda de cidade promissora e por ter aqui parentes queridos que me acolheram com carinho, me arrisquei e hoje sei que fiz a coisa certa.
Lucas do Rio Verde sempre foi para mim uma cidade grande, em relação a pequena Ivaté. Aqui iniciei minha vida profissional na Escola Estadual Dom Bosco, lecionando a disciplina de Biologia, tive uma pequena passagem pela Escola Cooensino Dois Mil e Escola Estadual Quatro de Julho. Em 2001 comecei a trabalhar também na rede municipal de Educação, onde prestei concurso e fui aprovada em 2003. A partir daí, comecei a trabalhar com as disciplinas de Matemática  e Ciências e a desenvolver projetos na área de Educação Ambiental.
Em Lucas do Rio Verde além de me encontrar profissionalmente e me apaixonar pelas questões ambientais, também me apaixonei por uma pessoa maravilhosa (Alexs), com quem me casei e tive uma filha linda, a nossa princesa Gabriela.
Lucas do Rio Verde é uma cidade com muitas construções, alguns prédios, muitas áreas para produção de soja e milho. Mas apesar disso, é uma cidade que vem se preocupando cada vez mais com as questões ambientais. Por vários motivos, por obrigação, pela preocupação em deixar de vender sua grande produção e algumas pessoas (poucas na verdade) por consciência de que é necessário preservar o que ainda nos restas.
Diferente de Ivaté, que é uma cidade pequena, a maioria das pessoas que possuem terra, são pequenos proprietários que plantam e colhem mais para sua própria subsistência do que propriamente para obter lucro, mas a economia local também é gerada de uma fonte poluidora.
Essa semana estive em Ivaté, pouca coisa mudou por lá ao longo desses dez anos que deixei essa cidade. A cidade continua pequena, mas hoje tem mais asfalto do que antes, a cidade está bastante arborizada, mas senti  um certo descuido em relação aos cuidados com o ambiente urbano, calçadas quebradas e canteiros com mato. Essas coisas não acontecem em Lucas do Rio Verde. Enfim, onde quero chegar ... não importa o tamanho da cidade, o descaso com o meio em que vivemos acontece em qualquer lugar.
Em Ivaté ainda temos muitas matas virgens, mas também temos pequenos produtores rurais que tiraram toda vegetação de suas terras. Isso também acontece em Lucas do Rio Verde, só que em maior proporção porque o município é maior.
Quando eu era criança, não preocupava com as questões ambientais, porque sempre tive a informação de meus professores que nossas riquezas naturais eram abundantes, só depois que vim para Lucas que comecei a ver a realidade com meus próprios olhos e passei a me preocupar com o meio ambiente em que vivemos. Minha primeira indignação foi quanto ao nome do Estado que hoje vivo, MATO GROSSO. Ao cruzar o Estado eu sempre me pergunto: Onde está o mato grosso?

Em minha casa, tenho procurado mostrar para minha filha a importância das matas, dos animais, do equilíbrio ecológico, estamos tentando educá-la para não se tornar uma consumista. Mas isso não é uma tarefa fácil nos dias de hoje, os meios de comunicação influenciam muito na formação de nossos filhos.
Sei que ainda não sou uma pessoa perfeita em relação aos cuidados com o meio ambiente, mas procuro causar o mínimo de impacto possível, e mesmo assim, hoje sou uma consumidora de três planetas em minha pegada ecológica.
Estou ciente de que preciso rever meus conceitos e cuidados em relação ao meio ambiente para diminuir minha pegada ecológica, mas sei também que já contribui muito com o meio ambiente, pois, juntamente com meus alunos já plantamos mais de 20.000 árvores nativas em três anos.
  Lucas do Rio Verde - MT / Ivaté - PR












sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Então é Natal!

Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe e de perto. Os antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.

Os constantes e os intermitentes. Os  das horas difíceis e nos das horas alegres, os que sem querer, eu magoei, ou, sem querer me magoaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem não me são conhecidos, a não ser as aparências.  Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes a meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.

Uma árvore de muitas raízes muito profundas para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade, seja um aumento de repouso nas lutas da vida.

Que o natal esteja vivo dentro de nós em cada dia do ano que se inicia, para que possamos viver sempre o amor e a fraternidade.

Um grande abraço a todos,
Alexsando, Michelene e Gabriela


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“SEJA UM CIDADÃO CONSCIENTE PRESERVE O MEIO AMBIENTE”

Quero parabenizar o Centro Integrado de Educação Infantil Anjo Gabriel que tem a preocupação de contemplar questões relacionadas ao meio em que o aluno está inserido de forma participativa sendo capaz de estabelecer relações, interagir, transformar, reelaborar e agir no meio em que vive e em outras realidades.
Como a preocupação com a degradação do planeta ocupa atenção da sociedade local e mundial, essa escola se engaja com os ambientalistas na busca de soluções para preservar o meio ambiente.
Viver com qualidade de vida tem sido um desafio para as pessoas que vivem nesta sociedade competitiva e capitalista o que gera influências negativas no estado físico, social e emocial do ser humano.
Diante destes aspectos a escola viu a necessidade de desenvolver o projeto “SEJA UM CIDADÃO CONSCIENTE PRESERVE O MEIO AMBIENTE” para que através dele fossem realizadas atividades com pais e alunos que despertasse a conscientização sobre os temas: lixo, reflorestamento, água e prevenção de doenças.
O resultado desse trabalho desenvolvido por todos os professores e com a participação efetiva dos pais foi um sucesso, rendendo a escola a merecida premiação Escola Agrinho 2010. 
Agradeço a equipe docente dessa unidade escolar por ter me dado o previlégio de trabalhar com vocês nesse projeto.